Planos de saúde voltam a crescer e já cobrem mais de 50 milhões de brasileiros

O número de beneficiários de planos de saúde cresceu 3,1% em 2022 em relação ao ano anterior, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O setor fechou o ano com 50,4 milhões de brasileiros beneficiários.

Em 12 meses, houve um aumento de mais de 1,5 milhão. De acordo com a ANS, os estados que registraram maior aumento foram São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Apenas Acre e Amapá tiveram uma pequena redução no número de pessoas com acesso a planos de saúde. O total de beneficiários vinha em queda desde 2015, e voltou a crescer a partir de 2020, devido à crise sanitária. “Importante destacar que esse aumento da procura por planos de saúde a partir da pandemia de Covid-19 pode indicar que as pessoas ficaram ainda mais preocupadas em garantir o acesso ao sistema de saúde num momento de grande necessidade”, afirma Maurício Nunes, diretor de desenvolvimento setorial da ANS. De acordo com a agência, o crescimento foi registrado nos planos de assistência médica, e também naqueles exclusivamente odontológicos. Estes, atualmente, alcançam 30,6 milhões de brasileiros, o que representa de quase 2 milhões de novos usuários no último ano. A alta de beneficiários se manteve no último ano, mesmo com reajustes nos preços dos seguros de saúde. Os planos individuais têm o reajuste regulamentado pela ANS. O índice de aumento definido pela Agência foi de 15,5%, em maio de 2022. Já a revisão de planos coletivos ou empresariais é determinada pelas operadoras. Segundo a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), a correção é baseada no aumento das despesas médicas e dos insumos. “Enquanto o IPCA cresceu 11,3% nos 12 meses encerrados em março de 2022, a variação de custos médico-hospitalares (VCMH) cresceu 23%“, afirma Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde. Segundo Valente, um dos fatores que pode explicar a manutenção do crescimento é a geração de empregos formais. De acordo com ela, os planos coletivos ou empresariais representam 87,6% do total de planos médico-hospitalares. Com isso, o aumento de pessoas em trabalhos formais também aumenta o acesso aos seguros de saúde. Além disso, segundo ela, as operadoras buscam oferecer opções diversas, que atendam a clientes com diferentes condições financeiras. Por outro lado, o setor registrou prejuízo operacional de R$ 11,5 bilhões, pior resultado desde o começo da série histórica, em 2001.

Fonte

Blog do EdaShow

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